sábado, 28 de abril de 2012

O Sermão do Monte, por Antonio Francisco

O "Sermão do Monte" sempre me encanta (Mateus 5–7). A qui se encontra a essência do ensino de Jesus - a praticidade da vida cristã. Todos se sentem aquém do ideal diante do Sermão do Monte, mas, ao mesmo tempo ele nos inspira a viver melhor e cheios de esperança. Certamente Jesus proferiu esse sermão com a intenção de que o mesmo fosse praticado. Os padrões da igreja devem passar por aqui.
Todos conhecem o Sermão do Monte, ainda que o mesmo seja tão pouco obedecido. A igreja deveria ser o ambiente dos “filhos da obediência” (1Pe 1.14), mas não é isso que acontece. Infelizmente a igreja tem nome de que vive mas está morta (Ap 3.1); ela tem se tornado uma versão maquiada da sociedade sem Deus.
No Antigo Testamento, a vontade de Deus era que seu povo fosse santo, separado, distinto. Não devia viver como os egípcios de onde saiu, nem como os cananeus para o meio dos quais foram. Pelo contrário, deviam andar conforme os princípios estabelecidos por Deus para eles (Lv 18.1-4). Por sua singularidade, o povo do Senhor “é povo que habita só” sem reconhecimento entre as nações (Nm 23.9). Por isso também não deviam aprender o caminho dos gentios (Jr 10.1-2).
Lembrar um pouco do povo de Israel nos prepara para entrarmos no ambiente do Sermão do Monte. Jesus começou seu ministério chamando o povo ao arrependimento (Mt 4.17). Depois disso, “percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo” (Mt 4.23). Esse é o contexto do Sermão do Monte, mudança de mente e conduta.
A partir daí fica claro que Jesus quer que seus discípulos sejam diferentes. Isso é mostrado de modo evidente na expressão: “Não vos assemelheis, pois, a eles” (Mt 6.8). O caráter dos seguidores de Jesus é mostrado nas bem-aventuranças. Os discípulos devem brilhar e exceder em muito aos escribas e fariseus em justiça e piedade. Jesus mostra o tempo todo o contraste entre os piedosos e os pagãos.
Jesus contrasta os seus discípulos não apenas com os alienados da fé, mas também com os religiosos. A fé cristã não é formal, liberal, nem nominal; ela é livre, verdadeira e prática. O Sermão do Monte sintetiza a contracultura cristã contida no Novo Testamento. O padrão aqui difere do modo secular quanto a oração, casamento, dinheiro, desejos, relacionamentos e tudo o mais.
Depois de percorrer toda a Galiléia com o seu ministério, a fama de Jesus correu longe; por isso, lhe trouxeram todos os tipos de doentes, enfermos, e endemoninhados. E ele os curou. Por tudo isso, numerosas multidões o seguiam, vindas da Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão (Mt 4.23-25).
Jesus subiu ao monte para orar, ensinar, mas, provavelmente também para sair um pouco da pressão das multidões. A Bíblia diz: “Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los, dizendo:” (Mt 5.1-2).
O Sermão do Monte aparece em Mateus 5-7 e de forma sucinta em Lucas 6. Muitos comentaristas acham que Jesus não ensinou o Sermão do Monte como aparece no Evangelho. Pelo contrário, ele é uma coletânea de vários ensinos harmonizados. Mas isso não parece ter sido a opinião de Mateus e Lucas. O contexto histórico e geográfico, como a época em que foi proferido e o local em que aconteceu, faz-nos acreditar que o Sermão do Monte foi ensinado como o conhecemos. Parece ter acontecido como que num período de retiro, como fazemos hoje em dia. A expressão “Sermão do Monte” foi usada pela primeira vez por Agostinho. É provável que o sermão seja uma versão condensada do ensino de Jesus, pois, como o temos, levaria apenas dez minutos para transmiti-lo ao povo.
O Sermão é coerente e relevante para os nossos dias. Mostra como Jesus é e o que espera de seus discípulos. As bem-aventuranças mostram o caráter do cristão e as bênçãos decorrentes delas; a influência cristã é mencionada como sal e luz; a relação do cristão com as leis de Deus são aplicadas de forma extraordinária; a devoção cristã é sincera e real; os bens materiais não devem ser nossa prioridade, e sim, a glória de Deus; nossos relacionamentos se qualificam e se definem; a vida cristã só existe para quem é de fato cristão, e não para quem apenas confessa a fé com os lábios.
Finalmente, devemos entender que o Sermão do Monte é praticável. Dizer que este ensino é inatingível, é ignorar o propósito de Cristo. Mas, dizer que qualquer pessoa pode praticá-lo é ignorar a realidade do pecado. É claro que o Sermão do Monte é atingível, mas apenas por aqueles nascidos de novo pelo poder do Espírito Santo. Pessoas não regeneradas estão certamente diante de um padrão impossível de atingir. Foi por isso que Jesus disse para um homem de alto padrão moral: “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo” (Jo 3.3, 7). O Sermão do Monte é praticável, mas apenas para os discípulos de Jesus.

Antonio Francisco.
Cuiabá, 10 de fevereiro de 2011

fonte: http://www.comunidadedocaminho.com.br/2011/02/o-sermao-do-monte-introducao.html

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Você já fez um cursinho, mas não passou no vestibular. E agora?

Cursinho para quem não passou no vestibular é mesmo tempo perdido?

Esses estudantes carregam o peso de terem que passar no vestibular de uma instituição pública assim que saem do ensino médio

17 de abril de 2012

Cursinho para quem não passou no vestibular é mesmo tempo perdido?
Cursinho para quem não passou no vestibular é mesmo tempo perdido?

Após um ano inteiro dedicado aos estudos para o vestibular, para grande parte dos estudantes não foi dessa vez a entrada na universidade. O sonho do curso superior terá que ser adiado, mas não interrompido.

Muitos veem isso como um sinal de fracasso. Principalmente por terem que fazer o curso preparatório, ou cursinho, às vezes pela segunda ou terceira vez, dependendo da carreira escolhida. Aqueles que desejam fazer medicina sabem bem o que é isso. Por ser muito disputada, o nível de preparo dos estudantes é alto e nem sempre é de primeira que se consegue entrar.

Os estudantes consideram o cursinho um atraso de vida. Ideia por vezes compartilhada pelos familiares, que imaginam ser esse um ano perdido. Ainda mais para aqueles que sempre estudaram em uma escola de nome e, consequentemente, cara.

Esses estudantes carregam o peso de terem que passar no vestibular de uma instituição pública assim que saem do ensino médio. Sentem culpa sobre os pais continuarem custeando seus estudos depois de tanto investimento, seja no cursinho ou numa universidade privada, mesmo que de boa qualidade.

Nem sempre os pais pensam dessa maneira. Muitos passaram por isso e sabem da dificuldade de se conseguir uma vaga numa faculdade pública, sendo necessário ir para uma particular. Porém, a ideia do cursinho é bastante abominada. Por si só ele não tem muito sentido. Pensar assim, no entanto, é desconsiderar todo o ensino médio, que hoje em nossas escolas apenas visa o vestibular.

Longe de ser uma perda de tempo, ele pode significar um momento de organização. Como, por exemplo, decidir o que realmente se pretende fazer da vida, qual profissão seguir.

No ensino médio, devido à necessidade que as escolas têm em aprovar os alunos nos vestibulares, pouco se trabalha com os alunos os aspectos da identidade profissional, e da vida após o colégio. Não saber ao certo o que fazer pode interferir negativamente no desempenho no vestibular.

É interessante notar que alguns alunos, que sempre foram ótimos na escola, não conseguem bons resultados nos processos seletivos universitários. E o que pode ter acontecido? Há chance de que, apesar do esforço e brilhantismo, aspectos da personalidade ainda não estavam maduros o suficiente para enfrentarem essa nova etapa da vida. O que não quer dizer que se boicotaram.

Ainda mais quando se espera que eles sigam carreiras como medicina, engenharia ou direito, tornando-lhes a escolha mais complicada. Nem sempre é isso que querem seguir. Mas, como ir contra a expectativa de todos?

Esse ano (ou mais) de cursinho pode fazer diferença na trajetória profissional, tornando a escolha mais consciente. Quantos não abandonam uma faculdade em seu primeiro ou segundo ano por não se encontrarem na carreira?

Porém, nesse período, o estudante deve buscar saber o que realmente deseja fazer, indo além dos estudos para a prova. Em alguns casos, talvez na maioria deles, um trabalho de orientação profissional é de grande utilidade, quando o jovem poderá realmente se dedicar à escolha da profissão.

Para isso, o apoio familiar é de suma importância. É preciso compreender o quão difícil é tomar decisões que representam para a vida toda, e ter em mente que esse ano de cursinho não é apenas um tempo perdido.
Fonte: Globo.com


fonte: http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/noticias/51577/cursinho-para-quem-nao-passou-no-vestibular-e-mesmo-tempo-perdido?utm_source=ALLINMAIL&utm_medium=email&utm_content=30821701&utm_campaign=Top%2010%20-%20Pedagogia%20033&utm_term=t92.yuw.wah12.z.a.vz.mvd.w.ys.f.wbs.v.gd
 

Palmada educa? Veja o que alguns pesquisadores dizem.

Palmada não educa, conclui análise de 20 anos de pesquisas

Estudos em várias partes do planeta demonstram uma associação clara entre essa forma de punição e problemas como depressão, ansiedade e vícios, que podem começar na infância e se estender para a vida adulta

12 de abril de 2012

A disciplina positiva ensina pacientemente em vez de punir arbitrariamente
A disciplina positiva ensina pacientemente em vez de punir arbitrariamente

Atire a primeira pedra o pai ou a mãe que nunca pensou em jogar uma no seu filhote. Mas é melhor não. Vinte anos de pesquisas mostram: castigo físico não dá bons resultados.

Estudos em várias partes do planeta demonstram uma associação clara entre essa forma de punição e problemas como depressão, ansiedade e vícios, que podem começar na infância e se estender para a vida adulta.

Pesquisar o castigo corporal é um desafio. Em ciência, a metodologia mais usada é o estudo controlado aleatório: dois grupos recebem um ou outro remédio, por exemplo. Mas como fazer isso com palmadas? Um grupo de crianças apanha e outro não?

Por isso, são mais comuns os estudos "prospectivos": são estudadas crianças com níveis de agressão ou comportamento antissocial equivalentes no começo e analisada a progressão do comportamento. Ou "retrospectivos", baseados na memória.

Dois pesquisadores no Canadá --a psicóloga Joan Durrant, da Universidade de Manitoba, e o assistente social Ron Ensom, do Hospital Infantil de Eastern Ontario-- analisaram 20 anos dessas pesquisas, incluindo uma metanálise com mais de 36 mil participantes.
A conclusão de Durrant e Enson: "Nenhum estudo mostrou que a punição física tem efeito positivo, e a maior parte dos estudos encontrou efeitos negativos".

Mas será que isso vale para todo o planeta ou só para as sociedades mais tolerantes do Ocidente? Haveria o mesmo efeito em sociedades acostumadas a níveis altos de agressão no cotidiano, como a violência urbana do Brasil?

"Há uma suposição de que quanto mais comum é uma experiência, menor é o impacto nos membros do grupo que a experimentam. A pesquisa sugere uma resposta a essa questão. Crianças brancas, negras e hispânicas nos EUA, apesar de diferenças na prevalência do uso de castigo corporal, compartilham os mesmos riscos do seu uso", disse Ensom à Folha.

QUEM APANHA MAIS
Os melhores estudos sobre a "prevalência da palmada" foram feitos nos EUA. Conhecendo os adolescentes, poderia se esperar que eles seriam os alvos mais naturais.

Mas são as crianças menores que mais sofrem castigo. "Nos EUA, quase todas as crianças da pré-escola levaram palmada. Provavelmente porque são ativas e inquisitivas e têm compreensão limitada de perigo ou das necessidades dos outros", diz Ensom.

Certo, qual a opção, então, ao tapinha "corretivo"? Os pesquisadores falam em "disciplina positiva". A autoridade dos pais continua existindo, mas sem violência.

"A disciplina positiva ensina pacientemente em vez de punir arbitrariamente. Se você espera que uma criança arrume seus brinquedos e ela foi lembrada de fazê-lo, mas mantém a TV ligada em vez disso, é razoável que os pais digam: 'Sem TV até você arrumar seu quarto'", exemplifica o pesquisador.

Bater em uma criança só a ensina a usar agressão, segundo outro pesquisador do tema, George Holden, da Universidade Metodista do Sul, de Dallas, Texas, sul dos EUA.

"Existe um debate sobre o fato de crianças serem menos afetadas pelo castigo se essa for uma prática aceita na sociedade em que ela está. Estudos descobriram que a frequência cultural do castigo é um 'moderador' dos efeitos", disse Holden à Folha.

Segundo Holden, que no ano passado coordenou uma conferência para promover o fim do castigo corporal, as palmadas são mais frequentes de dois a cinco anos.

"Alguns pais batem em crianças mais velhas, talvez 10%, e alguns continuam a usar o castigo corporal em adolescentes", diz ele.
O brasileiro apanhou muito quando era criança ou adolescente, mas os americanos apanharam mais.

Pesquisa de 2010 com 4.025 pessoas com mais de 16 anos em 11 capitais do país revelou que 70,5% sofreram alguma forma de castigo físico quando jovens. Já nos EUA, a porcentagem passa dos 90% --e fica em torno dos 10% na Suécia, segundo o cientista social Renato Alves, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP.

"É difícil fazer pesquisa com criança", diz Alves. Ainda mais porque os pais estão junto e eles podem estar castigando os filhos.
O tema afeta a delicada área dos direitos individuais e da intromissão do Estado na vida privada. Como demonstraram os debates no ano passado sobre a Lei da Palmada --projeto de lei para proibir castigos físicos em crianças e adolescentes, em tramitação no Congresso.

Há pais que defendem o direito de disciplinarem suas crias da maneira que bem entenderem. Mas defensores dos direitos humanos sustentam que eles "começam em casa". E, claro, há o fato de o Brasil ser signatário da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.

Mas Alves diz que há pouca chance de a Lei da Palmada vingar. Ele nota a ironia: um adulto bater em outro é crime, mas um adulto bater na sua criança não é.

A Sociedade de Pediatria de São Paulo acaba de lançar o Manual de Atendimento às Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência. Na publicação, que será distribuída a profissionais, a entidade afirma que a violência doméstica começa com a palmada.

CHINELO E PAU
Dos brasileiros que afirmaram ter apanhado, a maioria --42%-- afirmou ter apanhado pouco; só 11,4% levavam tapa "quase todos os dias". O mais comum era levar palmada (40,1%), apanhar de chinelo (54,4%) ou de cinto (47,3%); só uma minoria corria riscos maiores ao apanhar de pau ou objetos semelhantes (12,2%). Claro, os percentuais passam de 100% porque os pais variavam a forma de castigar os rebentos...
Fonte: folha.uol.com.br


fonte: http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/noticias/51407/palmada-nao-educa-conclui-analise-de-20-anos-de-pesquisas?utm_source=ALLINMAIL&utm_medium=email&utm_content=30821704&utm_campaign=Top%2010%20-%20Pedagogia%20033&utm_term=t92.yuw.wah12.z.a.vz.mvd.w.ys.f.wbs.v.gd 

sábado, 7 de abril de 2012

Você é perfeito (a)? Que tal refletir?

Muitas vezes nos consideramos tão bons que nos esquecemos de buscar compreender quem é Deus e o que Ele espera de nós. Somos tentados dia após dia a acreditar que por "não praticarmos o mal", somos perfeitos.
Mas será que isto é verdade? Veja só como este belo vídeo nos alerta a estarmos atentos para o perigo de nos considerarmos "perfeitos".