quinta-feira, 19 de abril de 2012

Você já fez um cursinho, mas não passou no vestibular. E agora?

Cursinho para quem não passou no vestibular é mesmo tempo perdido?

Esses estudantes carregam o peso de terem que passar no vestibular de uma instituição pública assim que saem do ensino médio

17 de abril de 2012

Cursinho para quem não passou no vestibular é mesmo tempo perdido?
Cursinho para quem não passou no vestibular é mesmo tempo perdido?

Após um ano inteiro dedicado aos estudos para o vestibular, para grande parte dos estudantes não foi dessa vez a entrada na universidade. O sonho do curso superior terá que ser adiado, mas não interrompido.

Muitos veem isso como um sinal de fracasso. Principalmente por terem que fazer o curso preparatório, ou cursinho, às vezes pela segunda ou terceira vez, dependendo da carreira escolhida. Aqueles que desejam fazer medicina sabem bem o que é isso. Por ser muito disputada, o nível de preparo dos estudantes é alto e nem sempre é de primeira que se consegue entrar.

Os estudantes consideram o cursinho um atraso de vida. Ideia por vezes compartilhada pelos familiares, que imaginam ser esse um ano perdido. Ainda mais para aqueles que sempre estudaram em uma escola de nome e, consequentemente, cara.

Esses estudantes carregam o peso de terem que passar no vestibular de uma instituição pública assim que saem do ensino médio. Sentem culpa sobre os pais continuarem custeando seus estudos depois de tanto investimento, seja no cursinho ou numa universidade privada, mesmo que de boa qualidade.

Nem sempre os pais pensam dessa maneira. Muitos passaram por isso e sabem da dificuldade de se conseguir uma vaga numa faculdade pública, sendo necessário ir para uma particular. Porém, a ideia do cursinho é bastante abominada. Por si só ele não tem muito sentido. Pensar assim, no entanto, é desconsiderar todo o ensino médio, que hoje em nossas escolas apenas visa o vestibular.

Longe de ser uma perda de tempo, ele pode significar um momento de organização. Como, por exemplo, decidir o que realmente se pretende fazer da vida, qual profissão seguir.

No ensino médio, devido à necessidade que as escolas têm em aprovar os alunos nos vestibulares, pouco se trabalha com os alunos os aspectos da identidade profissional, e da vida após o colégio. Não saber ao certo o que fazer pode interferir negativamente no desempenho no vestibular.

É interessante notar que alguns alunos, que sempre foram ótimos na escola, não conseguem bons resultados nos processos seletivos universitários. E o que pode ter acontecido? Há chance de que, apesar do esforço e brilhantismo, aspectos da personalidade ainda não estavam maduros o suficiente para enfrentarem essa nova etapa da vida. O que não quer dizer que se boicotaram.

Ainda mais quando se espera que eles sigam carreiras como medicina, engenharia ou direito, tornando-lhes a escolha mais complicada. Nem sempre é isso que querem seguir. Mas, como ir contra a expectativa de todos?

Esse ano (ou mais) de cursinho pode fazer diferença na trajetória profissional, tornando a escolha mais consciente. Quantos não abandonam uma faculdade em seu primeiro ou segundo ano por não se encontrarem na carreira?

Porém, nesse período, o estudante deve buscar saber o que realmente deseja fazer, indo além dos estudos para a prova. Em alguns casos, talvez na maioria deles, um trabalho de orientação profissional é de grande utilidade, quando o jovem poderá realmente se dedicar à escolha da profissão.

Para isso, o apoio familiar é de suma importância. É preciso compreender o quão difícil é tomar decisões que representam para a vida toda, e ter em mente que esse ano de cursinho não é apenas um tempo perdido.
Fonte: Globo.com


fonte: http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/noticias/51577/cursinho-para-quem-nao-passou-no-vestibular-e-mesmo-tempo-perdido?utm_source=ALLINMAIL&utm_medium=email&utm_content=30821701&utm_campaign=Top%2010%20-%20Pedagogia%20033&utm_term=t92.yuw.wah12.z.a.vz.mvd.w.ys.f.wbs.v.gd
 

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